Edição: Fernando Fraga
Impulsionado pelo aumento da escolaridade do brasileiro, o avanço no emprego
formal desde 2002 é irreversível. Na avaliação dos autores de pesquisa do
Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), nem a
atual desaceleração da economia, que tem reflexos na criação de empregos, é
capaz de fazer a informalidade voltar a subir.
Segundo Rodrigo Moura, um dos autores do estudo, a educação é justamente o
fator que impede o retorno dos empregos precários, por causa da conscientização
em relação aos direitos trabalhistas e previdenciários. “A população mais
educada aceita menos o contrato informal. Essa tendência é observada para
qualquer ano em que a taxa de informalidade cai”, explica.
Com direitos previdenciários e trabalhistas assegurados por lei, quem passa
por um emprego com carteira assinada não quer voltar ao mercado informal.
Funcionária de uma lanchonete, Fernanda dos Santos, 30 anos, está no primeiro
emprego formal. Há dois anos começou como auxiliar, mas foi subindo de posto até
ser promovida a gerente. Ao comparar a experiência com o trabalho anterior, ela
constata que o emprego legalizado dá segurança. (...)
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