O Dia Nacional de Luta, 11 de
Julho, fechou as lojas do maior centro de comércio popular do Brasil. A Rua 25
de Março (Capital paulista), e arredores, mantiveram suas portas fechadas em
apoio aos mais de dois mil manifestantes ligados ao movimento sindical
comerciário do Estado. O ato unitário contou com as presenças dos Sindicatos
dos Empregados no Comércio de São Paulo, Bragança Paulista, Cotia e Mogi das
Cruzes e dos Práticos de Farmácia de São Paulo.
Este fato inédito no movimento
comerciário compôs um protesto idealizado pelas Centrais Sindicais que
reverberou em todo o Brasil. Os Sindicatos dos Comerciários e dos Práticos de
Farmácia da Grande São Paulo, Interior e Baixada Santista também aderiram aos
protestos em suas regiões.
“Unidos Somos Mais Fortes”
Confesso que foi emocionante ver
os funcionários diante das lojas com as portas baixadas, batendo palmas,
recebendo e lendo nas calçadas os panfletos intitulados “Unidos Somos Mais
Fortes”. O que se viu na pacífica passeata que percorreu 4,2 quilômetros (da 25
de Março até o Masp, na Paulista), foi a demonstração do forte poder de
mobilização e de organização dos trabalhadores liderados pelo presidente
Ricardo Patah e diretoria, bem como dos dirigentes da nossa Federação.
Em meio à multidão, que caminhava
atrás da faixa abre alas do movimento, e ao ouvir palavras de ordem vindas do
caminhão de som (repetidas em coro pelas pessoas), tivemos a certeza que a
partir deste 11 de Julho de 2013 a 25 de Março não seria mais a mesma. E não
será!
Para o sindicalismo comerciário,
as manifestações do 11 de Julho também reiteram as reivindicações comerciárias,
principalmente diante da Campanha Salarial Unificada 2013, por aumento real,
reajuste digno, PLR e avanços nas cláusulas sociais.
Diálogo
Não tenho dúvida que o clamor das
ruas foi ouvido pelos Poderes Executivo, leia-se presidenta Dilma Rousseff, e
Legislativo, entenda-se deputados federais e senadores. Respaldados pelos
exemplos de união e de força que colocamos nas ruas nesta decisiva
quinta-feira, quero crer que abrimos uma frente de diálogo com o Governo
Federal, que ainda não fez cumprir a Agenda da Classe Trabalhadora, constante
na Conclat/ 2010 e da 7ª Marcha das Centrais a Brasília, dia 6 de março.
Caso haja intransigência das
partes governamentais e patronais diante das nossas reivindicações, agosto,
verdadeiramente, poderá ser o mês do desgosto, como dizem, inclusive com greve
geral! Parabéns à unidade e à organização do movimento sindical brasileiro por
esse histórico 11 de Julho.
Luiz Carlos Motta
Presidente da Federação dos Comerciários do Estado
de São Paulo (Fecomerciários)
Pesoureiro da Força Sindical e da Confederação
Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC)