Ao avaliar a situação da mulher negra na sociedade
brasileira, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse na mesa de abertura da sexta edição do
Latinidades – Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, dia 22/7, que
embora esse segmento esteja entre os que mais sofrem os efeitos do racismo, as
mulheres negras são também as mais preparadas para transformar essa realidade.
“Ainda somos parte das estatísticas do segmento que tem mais
desvantagens na sociedade brasileira. Isso nos dá bem a noção do nível de
dificuldades que nós mulheres negras temos que enfrentar. Ao mesmo tempo que o
efeito do racismo se manifesta mais fortemente na nossa qualidade de vida,
somos o setor da sociedade negra mais bem aparelhado para vencer o racismo”,
afirmou.
Uma publicação sobre igualdade racial, lançada no
Latinidades, traz artigos de especialistas com reflexões e dados sobre os
negros e a mulher negra e mostra que elas são 56% dos trabalhadores domésticos.
As mulheres negras estão em desvantagem também em estatísticas relacionadas à
saúde e educação.
Os dados apresentados na publicação Igualdade Racial:
reflexões no ano internacional dos afrodescendentes são do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010. O livro foi organizado pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e está disponível no site
www.ipea.gov.br.
Fonte: ABr
Nenhum comentário:
Postar um comentário