O seguro-desemprego voltará a ser corrigido pela mesma
fórmula aplicada ao salário mínimo (acima da inflação), independentemente do
valor do benefício, de acordo com o ministro Manoel Dias (Trabalho).
A regra, que leva em conta a inflação passada e o
crescimento da economia, deixou de ser usada no início deste ano para os
benefícios acima de um salário mínimo (atualmente R$ 678).
Em vez disso, o governo passou a reajustar as faixas
superiores com base apenas na variação de preços registrada pelo INPC. Na prática, isso significou uma correção de cerca de 6,2%,
em vez dos 9% que estariam garantidos pelo modelo em vigor até então.
A decisão pelo reajuste menor foi tomada de forma unilateral
pelo governo e ainda aguarda o aval do conselho responsável pelo
seguro-desemprego (Codefat), que tem representantes de governo, trabalhadores e
empresários.
Nesse período, enquanto as centrais sindicais pressionavam
nos bastidores para derrubar a regra, a equipe econômica se articulava para
mantê-la. A previsão é que haja um desfecho nas próximas semanas,
quando está prevista nova reunião do conselho.
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