Pouca gente imagina, mas os medicamentos são o principal
agente causador de intoxicação em seres humanos no Brasil, ocupando, desde
1994, o primeiro lugar nas estatísticas do Sistema Nacional de Informações
Toxico-Farmacológicas – Sinitox. Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou
quase 60 mil internações por intoxicação medicamentosa, segundo o Ministério da
Saúde (Sinitox/Fiocruz).
A população parece não estar atenta aos riscos da
automedicação. Para exemplificar, o Conselho Federal de Farmácia produziu um
medicamento fictício e o distribuiu a mais de quatro mil pessoas em dezembro ,
na esquina das Avenidas Paulista e Consolação, um dos pontos mais movimentados
da capital paulista. A maioria aceitou passivamente o “produto”, sem nada
perguntar. Menos de 1% perguntou se o suposto medicamento tinha alguma
contraindicação.
Além disso, segundo uma pesquisa realizada recentemente, 80%
dos brasileiros buscam informações médicas pela internet. Isso tem refletido no
aumento de pacientes que não conseguem resolver os problemas nos consultórios.
Entre os entrevistados, 71% acreditam que sabem avaliar o conteúdo que
encontram na rede. Por outro lado, o mesmo estudo mostrou que entre as pessoas
que acabam procurando um médico depois, 62% perceberam que as informações
virtuais não batiam com as dos especialistas.
O hábito da auto medicação se tornou uma preocupação também
para a Organização Mundial de Saúde (OMS). Dados indicam que passa de 10% o
percentual de internações em consequência de reação a medicamentos.
Guia Farmácia/G1
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