Biloti (Sincomerciários), MOTTA (Fecomerciários) e Jaime Porto |
O dia 13 de fevereiro, quinta-feira, foi uma data histórica para os trabalhadores no comércio no Estado de São Paulo: a filiação da Fecomerciários e dos Sindicatos Filiados à União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Sindical que mais representa os interesses da categoria por ter DNA comerciário. Essa união, enaltecida pelos presidentes Luiz Carlos Motta, da Federação e Ricardo Patah, da UGT e do Sincomerciários de SP, fortalece as lutas para ampliar as conquistas dos 2,5 milhões de comerciários que compõem a categoria em todo o Estado.
A filiação à UGT foi aprovada por unanimidade pelos representantes dos 68 Sindicatos Filiados à Federação. Antes, também por unanimidade, os dirigentes aprovaram a desfiliação da Federação e dos Filiados da Força Sindical. A assembleia foi conduzida pelo presidente Motta, o vice Oscar Gonçalves, o 1º secretário Edson Ramos e o 1º tesoureiro Jair Mafra. E, como convidada por Motta, representando as mulheres comerciárias, Lia Marques, secretária da Mulher da Federação e presidenta do Sincomerciários de Votuporanga.
O presidente Jaime Porto, líderes sindicais, autoridades e convidados, num total de 300 pessoas, participaram do ato de filiação, que foi saudado com demorados aplausos, especialmente quando Patah deu o botom de ouro da UGT ao presidente Motta, simbolizando a união entre as duas entidades. O ato ainda reuniu quatro deputados estaduais, entre eles um secretário de Estado, um vice-prefeito, vereadores e presidentes de várias Federações de comerciários e de trabalhadores de outras categoriais.
Musculatura
“Nossa filiação à UGT fortalece a luta comerciária no Estado de São Paulo e em todo o Brasil. Chegamos à UGT para dar musculatura ao sindicalismo ético e inovador que esta Central Sindical pratica para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida da classe trabalhadora”, disse Motta em seu discurso. E o presidente da Federação completou: “Estamos investindo no fortalecimento das bandeiras de luta da Central, sejam reivindicações comerciárias, sejam reivindicações dos trabalhadores em geral, como redução da jornada de trabalho e o fim do Fator Previdenciário. Também vamos potencializar seu poder de mobilização e de luta. Afinal, representamos mais de dois milhões e meio de comerciários no Estado. Com a nossa filiação, quero crer que a UGT passe a representar mais de quatro milhões de comerciários em todo o País”.
Patah, por sua vez, deu boas-vindas à Federação e a seus Filiados. “Este é um momento importante, de uma verdadeira unidade dos trabalhadores no comércio de todo o Estado de São Paulo a uma Central que tem DNA comerciário. A Fecomerciários tem conseguido os melhores reajustes salariais para a categoria e todos vão ganhar com essa filiação, reforçando nossa luta por um piso nacional único para a categoria, pelo fim da rotatividade de emprego, redução da jornada e muitas outras bandeiras de luta para melhorar a qualidade de vida dos comerciários”.
Elogios
O deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB em São Paulo, partido ao qual Motta se filiou recentemente, prestigiou o evento. “Com a filiação da Federação e dos Filiados à UGT, Motta e Patah escrevem uma nova história no sindicalismo brasileiro”, disse Campos Machado, que levantou as mãos dos dois líderes sindicais para selar a união, ato muito aplaudido pelos presentes. Dirigentes comerciários elogiaram o casamento da Federação com a UGT.
Outros participantes também enalteceram a união da Federação e da Central. O deputado estadual e secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo, Davi Zaia, comparou a filiação como a segunda fundação da UGT. “O ato foi um dos mais significativos do movimento sindical”, afirmou. Elizabete Madrona, secretária da mulher da UGT-Paraná e coordenadora da mulher da CNTC, disse que era uma alegria participar deste momento histórico.
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