sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mulheres matam um leão por dia para se dar bem

Expresso Popular -  Nathália Geraldo - 26/fev/2014
Não é fácil ser dona do próprio nariz, muito mais do próprio negócio, mas elas mostram que têm bala na agulha e vão à luta!

Se equilibrando entre as dificuldades de se tornar dona do próprio negócio e conquistar um lugar dentro do mercado de trabalho, a mulher brasileira confia no taco quando o assunto é empreendedorismo.

E elas mesmas dão um tom otimista ao perfil de investidora: 94% se dizem batalhadoras e 72% não querem sair de jeito nenhum da posição de patroa.

Apesar disso, o cenário é de se lamentar: aqui, elas ainda têm que rodar a baiana para conseguir acesso ao crédito. A  constatação faz parte de um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC Brasil.

Diante desse panorama, a pergunta que fica  no ar é: será que o mundo dos negócios ainda carrega uma boa dose de machismo?

Para a economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, os perrengues estão mais associados à burocracia no momento de investir o dindim em uma atividade do que se o empreendedor veste saias ou não.

“O crédito é difícil para qualquer pequeno empresário. Mas apesar disso, há algumas políticas do governo que dão microcrédito indicado às mulheres. Mesmo porque, elas pagam em dia os empréstimos.

Abrir contas bancárias também é apontado pelo Banco Mundial como um dos obstáculos para as mulheres que querem iniciar um negócio.

De acordo com dados da instituição, de 2012, 51% das mulheres têm contas em instituições financeiras do país, contra 61% dos homens.

Informalidade
Por isso mesma a informalidade rola solta, já que a empreendedora prefere manter a empresa livre de impostos e outros gastos relacionados à regularização do serviço.

“Neste sentido, o grau de escolaridade da empreendedora e a faixa de renda contam muito. Em nossa pesquisa, 58% têm até o ensino médio. Além disso, têm uma renda baixa que resulta na tendência da informalidade.”

Para driblar tantos percalços na hora de investir, o pulo do gato, ou da gata, é trabalhar naquilo que gosta ou tem interesse.

Os números comprovam essa realidade. De acordo com o estudo do SPC Brasil, 20% das mulheres entrevistadas estão à frente de salão de beleza, clínicas de estética e outros.

Já 12% investem em estabelecimentos de alimentação e 11% atual no comércio de tecidos, vestuários, calçados; 7% das mulheres atuam como costureiras autônomas.

Como formalizar o negócio?
Um dos caminhos é pelo site www.portaldoempreendedor.gov.br. Lá é possível consultar informações sobre o perfil Micro Empreendedor Individual-MEI. O Sebrae também pode dar uma força.

O perfil da mulher empreendedora
Cerca de 44% têm entre 25 e 49 anos. Mais de 70% participa, do pagamento das despesas de casa. Entre as entrevistadas, 56% têm companheiro, mas 47% afirmam que assumem sozinhas as tarefas domésticas. O SPC Brasil revelou ainda que 58 tem ensino médio e 49% trabalham mais de 8 horas por dia.

Ele ou o trabalho?
Segundo pesquisa do SPC Brasil mais de um terço (36%) das empresárias casadas admitiram que abririam mão de um relacionamento caso o marido ou companheiro questionasse: “ ou eu ou o trabalho”.

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