Presidente Sinprafarmas Baixada Santista
Todos os anos, os sindicalistas brasileiros
enfrentam uma série de negociações, com os empresários, um dos mais
sofisticados métodos de luta de que dispõem os trabalhadores. A verdade é que
ninguém está plenamente preparado para garantir o sucesso de uma negociação,
pois a cada momento as condições econômicas, políticas e sociais mudam e o
capital não para de elaborar novas estratégias e táticas para o embate, criando
sempre novas dificuldades para os trabalhadores.
Ora, a negociação é o momento onde os
interesses dos trabalhadores são confrontados com os dos patrões e dependendo
da capacidade de negociação da partes envolvidas no processo e de quão forte é
o apoio que elas têm em suas bases, as divergências podem aumentar ou diminuir,
encontrar solução ou oposição.
Muitos acreditam que uma negociação
vitoriosa é aquela que traz bons aumentos salariais, conquistas sociais,
manutenção de postos de trabalho, mas isto é apenas parte do sucesso. Para que
uma negociação apresente resultados consistentes ela precisa introduzir novas
práticas sociais e garantias de que estas sejam cumpridas, assim como garantir
um comportamento mais responsável por parte das empresas em relação aos
trabalhadores. Este sim é um bom pacote, que quando conquistado, mesmo com
pouca abrangência, pode servir de modelo e ser ampliado aos níveis regionais,
estaduais e nacional.
Saber as aspirações da categoria, mantê-la
informada e preparada, elaborar uma pauta de reivindicações realista que
fortaleça as conquistas históricas dos trabalhadores e amplie o leque de
proteção e benefícios são itens importantes para o sucesso da negociação.
Também é preciso ter em mente que um acordo
coletivo não é uma vitória momentânea, mas uma base para uma nova e mais justa
convenção coletiva. Assim, preparação para negociar é fundamental para o
sucesso e esta preparação envolve negociadores e sindicato, pois a força da
entidade, o nível de organização dos trabalhadores na base e o apoio que estes
dão à entidade e às suas reivindicações é que fazem a diferença na hora de
negociar.
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