Presidente
As mulheres estão vencendo batalhas na busca pela igualdade
na representação política. Em 12 meses, contados desde outubro de 2012, a
filiação feminina a partidos políticos representa 64% das 136 mil pessoas que
ingressaram nas mais de 30 legendas no período. Mesmo com esse avanço, apenas
nas eleições de 2012 foi alcançada a meta de 30% de candidaturas femininas
prevista na Lei Eleitoral.
Desde 2009, quando ocorreu a mudança na legislação e foi
estabelecido o aumento do percentual mínimo de candidaturas do sexo feminino
por partido, várias medidas foram criadas para incentivar a participação das
brasileiras na vida política e partidária do país.
Muito mais, entretanto, ainda precisa ser feito, e claro,
ser feito principalmente por elas. Desde os combates ferrenhos travados pelas
mulheres para obterem o direito de voto aos esforços desenvolvidos
hoje, em todo o mundo, para introduzir a igualdade de gêneros na sociedade, as
mulheres continuam enfrentando condições de vida muito mais difíceis e exigentes
do que os homens.
Para poder exercer a participação na politica, o meio que lhes permite ter seus interesses representados com legitimidade elas devem ter forças para executar pelo menos três jornadas de trabalho. O trabalho doméstico, o trabalho que prove o sustento e o trabalho político. Mas, não bastasse a enorme carga, as mulheres ainda tem de lidar com o machismo, o preconceito e a discriminação.
A primeira consequência disto é o desinteresse pela vida
pública, que muitas delas demonstram. Poucas encontram um meio de conciliar
tantas obrigações. Mas quando querem, conseguem feitos memoráveis como o cargo
de presidente da república ou de primeiro ministro.
E, elas são muito boas no que fazem,
tanto que uma simples pesquisa revela que 41% dos brasileiros acreditam que o
mundo seria um lugar melhor se as mulheres fossem maioria no mundo político.
Essa proporção é quatro vezes maior do que os que acham o contrário – ou seja,
que seria pior caso houvesse maior participação do sexo feminino (9%).
Constatar que a sociedade brasileira necessita transformar
sua democracia representativa em uma democracia participativa e que as mulheres
devem atuar ativamente para concretizar esta mudança é bem óbvio. Cabe a todos, homens e mulheres, ampliar as condições para que elas possam usufruir de oportunidades justas em cada área que atuam para que possam exercer cidadania plena, e, de quebra, ainda melhorar o mundo.
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