terça-feira, 28 de outubro de 2014

População brasileira aprova prescrição farmacêutica

Resolução que autorizou o farmacêutico a prescrever medicamentos, impulsiona crescimento na confiança deste profissional. Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ) descobriu que 72% da população aprova a prescrição farmacêutica. 

Esta é segunda edição do estudo. A primeira foi concretizada em agosto de 2013, mês de aprovação da resolução 586 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que autorizou o farmacêutico a prescrever alguns tipos de medicamentos. Na época, o resultado foi alarmante, já que apenas 39% aprovavam a indicação realizada por um farmacêutico.

Os especialistas do setor afirmam que esse substancial crescimento de 33 pontos percentuais no universo dos que acreditam na prescrição se deva aos debates sobre o tema nos principais veículos de imprensa do País e à aprovação da Lei Federal 13.021, de agosto de 2014, que garante a presença do farmacêutico nas farmácias e ainda conceitua o local como estabelecimento de saúde. Isso contribuiu para que a aprovação da prescrição farmacêutica crescesse exponencialmente no seu primeiro ano de regulamentação.

Os objetivos da segunda edição do estudo são apreender as percepções da população brasileira frente à regulamentação da prescrição farmacêutica por meio da resolução 586, estimar a prevalência de aceitação do farmacêutico como prescritor de medicamentos em estabelecimentos farmacêuticos e visualizar as possíveis mudanças na opinião pública sobre o trabalho do farmacêutico no Brasil nos últimos 12 meses. Outro aspecto abordado foi a possibilidade de a prescrição realizada por farmacêuticos em farmácias e drogarias facilitar o tratamento de sintomas simples de saúde. Em 2013, apenas 35% da população via na prescrição farmacêutica uma forma de facilitar tratamentos de sintomas simples. Em 2014, o índice saltou para 63%. As capitais onde essa crença é maior estão nas regiões Sul e Sudeste: São Paulo (SP), com 89%; Curitiba (PR), com 87%; e Florianópolis (SC), com 82%.

Já a confiança do brasileiro nesse tipo de prescrição, em 2013, era de 42% e, em 2014, o índice subiu para 72%. As capitais em que os entrevistados mais confiam na prescrição farmacêutica foram São Paulo (SP), Manaus (AM) e Florianópolis (SC), com 85%; seguidas de Goiânia (GO) e Curitiba (PR), com 83%; e Brasília (DF), com 81%. As capitais em que menos se confia na prescrição são Maceió (AL), com 51%; Rio de Janeiro (RJ), com 52%; e João Pessoa (PA), com 55%.

“Nessa segunda edição do estudo, é evidente o resultado do trabalho realizado pelas entidades e pelo ICTQ de esclarecimentos sobre o real papel do farmacêutico junto à sociedade. Sentimos que nossa missão de valorizar esse profissional dentro dos estabelecimentos está sendo cumprida quando visualizamos a sociedade confiando mais no farmacêutico como prescritor”, ressalta o diretor de Pesquisa do ICTQ, Vinícius de Andrade.

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