quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Drogaria São Paulo e Pacheco reabrem negociação com CVS

Fonte: Valor Econômico
O grupo DPSP, dono das redes de farmácias Pacheco e Drogaria São Paulo (DPSP), procurou semanas atrás a cadeia norte-americana CVS para retomar as conversas para a venda da sua operação, segundo divulgado pelo Valor. É a primeira sinalização mais clara de que a DPSP aceita se desfazer do negócio, após a empresa recusar duas ofertas da CVS em 2014.

Parte dos sócios da DPSP, liderados pelos controladores da cadeia paulista, tem interesse na venda e teria pressionado a família Barata, dona da Pacheco, para que o negócio avance. Segundo uma fonte a par do assunto, a última proposta da CVS colocada na mesa, em meados do ano passado, envolvia valores de R$ 5 bilhões e, na época, os bancos Espírito Santo e Morgan Stanley, que representam os sócios da DPSP, recusaram a oferta.

"Ainda há interesse da CVS, mas não por certos valores que têm sido mencionados pelo mercado", diz uma fonte. Dias atrás, começaram a circular informações no setor de que a CVS teria oferecido R$ 6,5 bilhões pela DPSP, e que as conversas avançaram após se chegar a esse patamar - equivalente a 16 vezes o valor do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês), que foi de pouco mais de R$ 400 milhões em 2014. Em 2013 foi de R$ 345 milhões.

A expansão nos resultados de 2014 foi meta da companhia ao longo do ano, ajudando a "turbinar" o valor de venda do negócio, e criando condições de a DPSP a voltar a negociar com a CVS numa faixa de valores mais alta.

Um executivo do setor lembra que a valorização do dólar desde o segundo semestre de 2014 aumenta as chances de que as partes fechem um acordo. A fase de investigação e auditoria nas contas e nos negócios da DPSP devem começar nas próximas semanas.

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