Pesquisa feita pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) mostra que o preço dos medicamentos varia até 976% na capital paulista. A maior diferença foi verificada no genérico paracetamol, 200 miligrama por mililitro (mg/ml). O valor variou de R$ 0,90 a R$ 9,69. Em média, o custo do medicamento é R$ 3,83. O levantamento foi feito em 15 drogarias distribuídas em cinco regiões do estado. Foram pesquisados os valores de 68 medicamentos, sendo 34 de marca e 34 genéricos.
A supervisora da equipe de pesquisa do Procon-SP, Mônica Leotta, explica que, embora as diferenças impressionem, os valores estão dentro do estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que reajusta os preços anualmente. Ela destaca que essa diferença pode ser explicada pela política de descontos das farmácias. “O governo estabelece preço máximo de venda e as farmácias estão livres para dar os descontos que quiserem”, esclareceu.
Mônica acredita que a concorrência pode resultar em vantagens aos consumidores. Para aproveitá-las, a saída é pesquisar. “Existe uma lista em revistas especializadas que estão disponíveis nas farmácias e o consumidor tem acesso. Ele pode saber o preço máximo de qualquer medicamento, tanto de referência quanto de genérico”, destacou. Ela acredita que a medida é interessante, sobretudo, nos casos em que há urgência para aquisição de um medicamento. A lista pode ser acessada também no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ao comparar o preço dos genéricos aos de referência, a pesquisa constatou que os medicamentos sem marca custam, em média, 57,72% menos. O Procon-SP alerta que, em algumas drogarias de rede, há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site). A fundação destaca ainda que algumas redes de drogarias são regidas pelo sistema de franquia, não havendo uma política única de preços entre as lojas.
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