Fonte: Guia da Farmácia
A categoria de não-medicamentos é a que tem apresentado o maior crescimento nas vendas dentro das farmácias e drogarias, puxando para cima a receita do setor. A margem de lucro maior, em comparação com os medicamentos, é um dos atrativos de vender esses itens, e estimula o investimento das lojas no segmento.
Segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) referentes ao primeiro quadrimestre, de 2011 até 2016 o crescimento acumulado do faturamento desse grupo - que engloba principalmente artigos de perfumaria e higiene pessoal - foi de 132,61%. À título de comparação, nesse mesmo período os medicamentos tiveram alta acumulada de 92,15%.
"Os não medicamentos já representam quase 35% da receita total do setor, o que mostra que o consumidor cada vez mais quer conveniência, buscando em um mesmo lugar um mix amplo de produtos", diz o presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto.
O forte crescimento na venda desses artigos nos últimos anos é creditado pelo presidente da Pague Menos, Francisco Deusmar de Queirós, à ascensão da classe D e E. De acordo com ele, a melhoria das condições sociais de uma camada significativa da população brasileira, a partir de 2002, gerou um aumento na procura por produtos desse tipo, o que influenciou o crescimento da venda nas farmácias.
A estrutura e o preparo cada vez maior das drogarias é outra explicação para esse aumento. "O consumidor encontra em nossas lojas um sortimento grande de produtos de higiene e beleza, preços competitivos e conveniência", diz o vice-presidente de relações institucionais da Raia Drogasil, Antonio Carlos de Freitas. Segundo ele, isso faz com que o cliente não enxergue mais a farmácia como um espaço que vende apenas medicamentos, mas que oferece também bem-estar.
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