Fonte: Folha de SP
As mudanças no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), propostas pelo governo Temer, vão ajudar a engordar a reserva do trabalhador para a compra da casa própria ou para a aposentadoria, mas o ganho só será sentido no longo prazo.
O governo anunciou na semana passada que planeja dividir metade do lucro anual do fundo com os trabalhadores, um caminho para compensar o rendimento baixo dos recursos sem elevar o custo do dinheiro usado para o financiamento imobiliário.
O recurso extra ainda depende de projeto de lei complementar e só deve chegar na conta do trabalhador em 2018.
Com a distribuição dos ganhos, a rentabilidade do fundo chegaria a 6% ao ano, rendimento próximo do registrado na caderneta de poupança -que perde para a inflação em períodos de elevação acelerada de preços. O dinheiro no FGTS rende hoje 3% ao ano mais TR.
“É mais do que justo. Esse projeto já existia há dez anos, para minimizar essa perda da TR”, disse Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo Devido ao Trabalhador.
O valor ficará na conta do trabalhador e deverá seguir as mesmas regras de resgate dos demais recursos, como compra da casa própria e aposentadoria.
Para Michael Viriato, professor de finanças do Insper, o impacto só será sentido em dez anos ou mais, quando os juros sobre juros fizerem o dinheiro crescer. “No curto prazo, não surte efeito”, afirma.
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