Entre Nós
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas
Conseguir um emprego não está nada fácil para os trabalhadores em geral, para as mulheres, em particular, os desafios são enormes. As mulheres representam 43% da força de trabalho brasileira, mas ainda assim são alvo de discriminação, apesar de todos os avanços que conseguiram conquistar. Seus salários equivalem a 60% do que ganham os homens e no que diz respeito à maternidade, as mulheres recém-casadas, entre 25 e 35 anos, formam um grupo de risco, que as empresas consideram melhor evitar. Gravidez continua sendo um problemaço!
Entretanto, parece que alguma coisa está mudando na mentalidade empresarial. Esta situação começou a modificar-se a partir de 1995, com a instalação no Brasil de empresas internacionais, que trouxeram uma visão diferente sobre o assunto. Estas empresas perceberam que a contratação de uma mulher grávida, proporciona um comprometimento maior da empregada com a empresa. Ela é mais dedicada, não vê impedimentos para dar uma força adicional à empresa se for necessário e permanece disponível até a semana do parto. Ambos os lados se beneficiam: a mulher porque não perde a oportunidade de conseguir um bom emprego e a empresa porque não perde a oportunidade de contratar um profissional competente.
Enquanto algumas empresas modificam suas atitudes, cabe a nós, sindicalistas, tentar ampliar essa benéfica mudança. Para tanto, precisamos conquistá-las (as mulheres) encorajando sua participação em assembleias e reuniões nos sindicatos; convencê-las a sindicalizar-se, batalhar por seus direitos, incentivar programas de qualificação profissional.
Como não existe fórmula mágica para reverter a desigualdade entre homens e mulheres, neste país, a solução é arregaçar a mangas e continuar na luta diariamente, sem esmorecer.
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