Jaime porto
Presidente Sinprafarmas
A
vergonha que os brasileiros estão vivendo neste momento, quando a corrupcão na
qual seus políticos se envolvem é estampada em todos os jornais do mundo, nos
remete a um assunto de suma importância.
Trata-se,
naturalmente, da reforma política, pois, não existem dúvidas de que o sistema
político-partidário brasileiro necessita de correções que o coloquem no rumo
certo. Não é mais possível conviver com leis e regras frouxas, que incentivam o
individualismo no exercício do mandato parlamentar, em detrimento da coerência
partidária. Não é mais possível continuar convivendo com o troca-troca de
legendas em busca do troca-troca de favores.
É
necessário impor ao candidato uma filiação no mesmo partido nos 4 anos que
antecedem o pleito e regras que possam impedir a proliferação de partidos de
aluguel. Além disso, coligações em eleições proporcionais devem ser proibidas.
A proporcionalidade das bancadas estaduais exige correções, de modo que o voto
de cada eleitor em cada
Estado tenha o mesmo peso na eleição para a câmara dos
deputados. O financiamento das campanhas
devem seguir regras rigorosas, que sejam capazes de conferir total
transparência a este processo, coibindo de todas as formas o caixa dois.
Além
de regras firmes que possam moralizar o comportamento de nossos parlamentares,
precisamos de uma reforma que impeça as grandes tentações que não devem existir
em uma administração estável, tanto dentro do próprio governo, quanto dentro de
suas estatais. O número de cargos de confiança deve ser reduzido drásticamente
e as nomeações submetidas a critérios técnicos. Nepotismo, em pensar! Por fim o
orçamento da união não pode continuar sendo moeda de troca em negociatas que
beneficiem emendas individuais.
Este
assunto está sempre na boca do povo, mas entra governo, sai governo nada muda,
só piora. Nunca se viu tanta desfaçatez política, quanto ultimamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário