quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Confisco!

Entre Nós
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas

No Brasil há muito a tributação passou a gerar efeito de confisco. Os dados confirmam a cada momento os sucessivos recordes batidos pela arrecadação fiscal. O brasileiro paga tributos para sustentar uma máquina apodrecida, que só faz inchar, a cada governo e a cada exercício. O confisco é tão indecente que chega as raias do furto à carteira do cidadão (exemplo disso foi a CPMF).

Ora, seria de se esperar que um país com uma carga tributária tão pesada brindasse o contribuinte com excelentes serviços de segurança, saneamento, educação, saúde, habitação, justiça, aposentadoria etc. Assim seria, de fato, em um país honesto, no qual seus parlamentares estivessem exercendo seu dever de trabalhar em benefício da sociedade. Mas não é este o caso do Brasil, onde a máquina estatal, incompetente, perdulária e corrupta só faz aumentar os impostos, diminuindo a qualidade dos serviços prestados, beirando o lastimável.

Diante desse flagelo fiscal, é óbvio ser necessário realizar uma reforma no sistema tributário nacional a fim de melhorar a distribuição da carga fiscal, desonerar o setor produtivo de nossa economia e acentuar a arrecadação sobre o patrimônio e o capital; intensificar os esforços na simplificação do sistema tributário nacional, modernização do sistema de arrecadação, melhor repartição da receita tributária, redução das alíquotas dos tributos e, principalmente, na diminuição da burocracia.

Só que para fazer a reforma tributária que a sociedade necessita é preciso primeiro reformar as câmaras de vereadores, deputados e senadores. É preciso uma faxina geral no governo, que só poderá ser efetuada através do voto. Isto se quisermos que nosso dinheiro seja empregado em nosso favor, com honestidade e seriedade.

Concluindo, não basta ficar apontando o dedo para o governo, afinal se “eles” estão lá é porque nós os elegemos. Cabe a nós, como cidadãos, exercer conscientemente o nosso direito ao voto, elegendo nossos “procuradores” com conhecimento de seu currículo e vida pregressa, exigindo contas de suas atitudes e atos. Esta em nossas mãos decidir se queremos continuar a viver neste sistema de confisco ou não.

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