Fonte: DIAP/Cartilha Para que serve e o que faz o Movimento Sindical
A relação é intrínseca. A organização sindical, instituição indispensável ao diálogo social, é um dos elementos garantidores da democracia. Ela faz parte do tripé da democracia, que é constituído por: partidos, imprensa e sindicatos.
Um país que não possui sindicatos organizados, imprensa livre e partidos fortes
não pode ser considerado democrático.
Os partidos, no caso brasileiro, possuem três atributos exclusivos: i) o de canal das disputas eleitorais (ninguém concorre sem estar filiado a um partido político; ii) o da gestão direta do poder (ninguém é eleito ou se reelege para os cargos de presidente da República, governador, prefeito, senador, deputado ou vereador sem estar filiado a um partido) e iii) o de expressão da democracia.
A imprensa, além da missão de promover a mediação entre a sociedade e o Estado, tem a função de informar e entreter. Sua principal contribuição é informar o público e contribuir para a formação de uma opinião pública independente, apta a fiscalizar os poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário), o mercado e o terceiro setor. Ela se divide entre: a) a imprensa impressa (jornais e revistas), b) a televisiva (que pode ser em canais abertos, acessível gratuitamente a toda a população, ou em canal fechado, ou seja, pago ou por assinatura); c) radiofônica (o rádio é o veículo de comunicação mais democrático e acessível) e d) a imprensa de web via internet (rede mundial de computadores), que aloja os portais, blogs, twitters, facebook, etc.
Os sindicatos, que existem para elevar a consciência e o nível de organização dos trabalhadores, constituem os maiores e mais representativos
grupos de pressão e de resistência na sociedade. É a voz da classe trabalhadora na defesa da justiça social. O sindicato, ao contrário dos partidos, não tem por objetivo disputar e gerir diretamente o poder, mas organiza os trabalhadores e pressiona, cobra e convence os tomadores de decisão em favor da classe que representa.
Em vários países, inclusive no Brasil, tem havido o processo de cooptação política das lideranças sindicais, com efeitos devastadores para os sindicatos e sobretudo para as causas dos trabalhadores. Na cooptação política, o sindicalista deixa de defender os interesses dos trabalhadores e passa a defender os interesses do partido político ou do governante que o cooptou. A liderança sindical que deixa o sindicato para integrar-se ao governo continua com influência sobre o sindicato e a categoria, razão da cooptação. O tema da cooptação política requer constante debate por todos que se dedicam à causa sindical.
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