ENTRE NÓS
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas
Dados recentes do IBGE revelam
que 8,3% da população brasileira com mais de 15 anos é analfabeta. Este
percentual representa aproximadamente 13,2 milhões de brasileiros. É um dado
triste, mas não inesperado num país onde os recursos para a educação são
descaradamente desviados.
Interessante é que segundo
relatório da Unesco, dentro das políticas públicas, isto é previsão de gastos
com educação, o Brasil está dentro dos parâmetros recomendados pela agência,
mas na prática o dinheiro não chega ao destino porque entre a liberação da
verba e a escola está a corrupção de muitos governantes. Por isso há três anos,
o contingente de analfabetos não diminui no país.
Além disso existem uma série de
problemas no ensino no Brasil, a
qualidade do ensino é ruim, apenas 63% por jovens conclui o ensino médio, só 4%
estão matriculados em cursos profissionalizantes e a falta de compromisso dos
governantes atrasa a educação no país.
O relatório também aponta que
prefeitos em fim de mandato sem chance de reeleição chegam a desviar 30% a mais
dos recursos para educação do que aqueles que podem se reeleger. É uma pouca
vergonha!
Assim, apesar do país ter planos
e metas bem delineadas para os próximos anos, o desafio é colocar estes
objetivos em prática. A educação é uma responsabilidade conjunta da sociedade,
mas o Estado tem o dever e a obrigação de garantir uma educação de qualidade e
fechar a torneira que desvia esses recursos para a política e os bolsos dos
eleitos pelo povo, que preferem lidar com um cidadão manipulável que não
entende o valor de seu voto a lidar com um cidadão capaz de tomar decisões conscientes
capaz de mudar os rumos deste país.
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