Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas
O Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgou relatório apontando que, em 2017, pelo menos um trabalhador brasileiro morreu a cada quatro horas e meia vítima de acidente de trabalho.
De acordo com o observatório, entre 2012 e 2017, a Previdência Social gastou mais de R$ 26,2 bilhões com o pagamento de auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, auxílios-acidente e pensões por morte de trabalhadores.
Segundo o estudo, o país perde, anualmente, 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com gastos decorrentes de “práticas pobres em segurança do trabalho” (...) estas perdas gerais à economia com acidentes de trabalho foram equivalentes a cerca de R$ 264 bilhões.
Setorialmente, as notificações de acidente de trabalho foram mais frequentes no ramo hospitalar e de atenção à saúde, público e privado, onde foram registradas 10% das CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho). Na sequência, aparecem comércio varejista (3,5%); administração pública (2,6%); Correios (2,5%); construção (2,4%); e transporte rodoviário de cargas (2,4%).
A estatística é ruim e fica pior porque sabemos que existe uma grande subnotificação dos acidentes de trabalho. A falta de condições adequadas mutila, adoece e mata muitos trabalhadores brasileiros.
Dia 7 de abril é o Dia Mundial da Saúde, 28 de abril dia Mundial em Memórias às Vítimas de Trabalho e de Doenças Ocupacionais, Abril é o mês de conscientização massiva da necessidade de ambientes de trabalho mais seguros e protegidos.
Cabe ao poder público e a sociedade civil evitar que a estatística cresça, pois não existe valor que possa reparar um trabalhador perdido por condições que desrespeitam as normas de saúde e segurança.
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