Fonte: Exame
Se já não estivesse perceptível o suficiente em cada esquina das grandes cidades do país, o balanço do segundo trimestre de 2018 da Raia Drogasil reforçou: pode haver um excesso de farmácias no país.
O crescimento das vendas da maior rede de drogarias do Brasil desacelerou pelo terceiro trimestre consecutivo entre abril e junho deste ano na comparação com o mesmo período de 2017, para 11,6%, com as receitas brutas totalizando 3,8 bilhões de reais. Em igual intervalo de 2017, as vendas tinham subido 16% anualmente.
O desempenho em 2018 está sendo ainda pior entre as lojas maduras da Raia Drogasil. Entre as que têm quatro anos ou mais de vida, as receitas encolheram 1,4% de abril a junho deste ano na comparação com o mesmo trimestre de 2017, na segunda redução consecutiva. “Essa queda se deveu basicamente ao menor fluxo de clientes nas farmácias, além da greve dos caminhoneiros no final de maio”, diz Sandra Peres, analista-chefe da corretora Coinvalores.
Com o crescimento frenético da abertura de lojas pelos grandes grupos nos últimos anos em um momento de paralisia econômica, alta do desemprego e achatamento da renda, as drogarias estão agora disputando os mesmos clientes na vizinhança, segundo analistas e executivos de varejo. No Brasil, existem atualmente 66.500 farmácias, o equivalente a um estabelecimento para cada três mil habitantes, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que essa razão seja de um para oito mil.
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