ENTRE NÓS
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas
Com a eleição de um novo presidente e um novo Congresso, percebemos que ideologicamente, no período pós-redemocratização, os dois poderes estão afinados, pertencem à direita do espectro político.
Tanto o executivo quanto o legislativo foram eleitos em um pleito que teve como tônica a rejeição do poder estabelecido e suas práticas questionáveis, que negou seu voto para os políticos “tradicionais”, resultado disso uma mistura de renovação e continuidade. O Congresso renovou-se em 52% e o Senado em 85%.
Agora, a nova composição política é a mais conservadora das últimas décadas, com características econômicas liberais, refratária à proteção do meio ambiente, atrasada em relação aos direitos humanos, contra os direitos dos trabalhadores, fiscalizadora do ponto de vista da gestão (talvez a única característica realmente interessante para a sociedade em geral).
Para o executivo, o novo Congresso será um aliado na aprovação de todas as reformas pretendidas, dependendo apenas de uma boa articulação e coordenação política, acompanhada de uma oferta de propostas sem radicalismo em seu conteúdo.
Traduzindo em miúdos, o momento político é extremamente propício ao mercado/capital e contra o trabalho. Momento de sinal vermelho piscando para o movimento sindical brasileiro.
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