Fonte: Guia da Farmácia
O varejista que queira pensar em uma plataforma para atingir esse público maduro deve pensar em um ponto de venda que facilite o acesso. Com visual fácil, já que o idoso apresenta dificuldades de leitura, além de uma linguagem simples, de fácil entendimento. Não é interessante descuidar- se do ambiente físico buscado pela maioria dos consumidores maduros, pois eles são numerosos e representam uma importante fatia do faturamento do varejo. Uma pesquisa realizada pela Nielsen revela que 38% das donas de casa, decisoras e responsáveis pela manutenção do lar, já possuem mais de 50 anos. E esse mesmo público é responsável por 40% dos gastos com bens de consumo não duráveis, como itens de higiene e perfumaria.
Mesmo diante da representatividade do consumidor maduro, o gerente de Homescan da Nielsen, Jefferson Silva, acredita que o varejo não esteja atendendo a contento esse público. “Esse tipo de consumidor tem conhecimento, poder e tempo para consumir, no entanto, não existe ainda no Brasil um mix de produtos voltados para idosos. O portfólio é limitado, com poucas categorias. E, além disso, o ponto de venda não está preparado para receber esse consumidor, desde à acessibilidade até o posicionamento incorretos de produtos. Produtos como fraldas geriátricas, por exemplo, ou estão em uma prateleira muito alta, ou,em uma muito baixa”, afirma.
No bolso
“A queda da renda salarial na terceira idade é um fato, mas o interesse por bom preço não está presente somente entre os idosos. Todos os consumidores têm interesse nisso. O varejista tem que entregar um bom produto a preço justo. Mas, mais importante que o preço, é a percepção de valor agregado no produto”, explica Jefferson.
Hábitos de consumo
O levantamento da Nielsen também mostra um comportamento organizado e metódico no momento das compras dos idosos. A maioria frequenta o ponto de venda em horários comerciais e de forma planejada. Cerca de 38% prefere realizar as compras durante a semana, no período do dia ou à tarde. Outros 34% também deixam essa atividade para os dias úteis, mas durante à noite. Apenas 28% frequenta o PDV aos finais de semana. “No horário comercial, as lojas estão mais vazias, é possível caminhar tranquilamente, os estacionamentos não estão tão cheios, por isso a preferência dos idosos. É nesse momento que o varejista precisa aproveitar para dar mais atenção a esse shopper e realizar alguma promoção referente a um produto de interesse desse público”, orienta o especialista.
Entre os consumidores de mais de 50 anos, apenas 9% realizam as compras na base do improviso. Mas, ainda que eles cheguem ao PDV decididos quanto ao que comprar, as novidades nas gôndolas não passam despercebidas. O levantamento realizado pela Nielsen mostra que 24% das donas de casa com mais de 50 anos costumam sentir-se tentadas a comprar novidades que veem, outras 10% compram novidades quando recomendadas.
Atencimento focado
Dicas práticas para trabalhar o atendimento a consumidores da terceira idade que chegam ao ponto de venda buscando itens de HPC:
• Conhecer os produtos oferecidos no ponto de venda e saber reconhecer os benefícios de cada linha.
• Reconhecer claramente os produtos com benefícios específicos para idosos (como
linhas anti-idade).
• Possuir consultoras de beleza ou profissionais que possam esclarecer dúvidas
sobre os produtos.
• Realizar sessões de experimentação
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