Na contramão do setor de transportes terrestres, que retraiu 9,5% no primeiro semestre deste ano, segundo o IBGE, as distribuidoras de medicamentos fecharam o período com alta de 11,9% nas vendas. Focando nos genéricos, em ações de redução de custos e treinamento dos representantes, elas têm conseguido passar ao largo da recessão.
As empresas do ramo, que fornecem serviços de distribuição e logística de medicamentos e produtos de higiene e beleza, faturaram nos primeiros seis meses deste ano R$ 7,72 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan). Em termos de unidades vendidas, foram mais de 470 milhões.
Para o diretor executivo da Associação dos Distribuidores de Medicamentos do Estado de São Paulo (Admesp), Geraldo Monteiro, o setor de saúde como um todo foi pouco afetado pela crise, principalmente por lidar com artigos essenciais. "As pessoas não deixam de comprar medicamentos, mesmo que tenham que abrir mão de outros produtos", afirma, completando que o setor teve uma desaceleração com a crise, mas que mesmo assim a taxa de crescimento continuou em patamares altos.
Foco em genéricos
Segundo ele, outro ponto relevante para o bom desempenho é o fato de as empresas focarem nos remédios genéricos e similares, que têm ganhado maior preferência do cliente com a crise. "O nosso grande core business é justamente esse, ofertar produtos mais competitivos. É isso que permite um crescimento mais acelerado: o fato de o comprador hoje se preocupar mais com o preço", afirma.
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