Apesar de ser uma das doenças crônicas que mais acomete os brasileiros, existe uma certa discrepância com relação à prevenção e controle adequado do diabetes. A demora para que o paciente atinja o controle adequado, mesmo após iniciar o tratamento, pode causar complicações que podem levar à morte. Atualmente, o Brasil possui cerca de 14 milhões de portadores de diabetes¹, sendo que a doença hoje é a terceira maior causa de mortes no País, e nos últimos seis anos, cresceu por volta de 12%².
A inércia terapêutica consiste na demora na intensificação do tratamento, como explica o endocrinologista e vice-presidente Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dr. Alexandre Hohl. “A inércia pode ser causada tanto pelo paciente quanto pelo profissional de saúde que, por desconhecimento ou não cumprimento de protocolos que buscam o controle do diabetes, demora em intensificar o tratamento com outros medicamentos, o que é essencial para a prevenção de uma série de complicações associadas”, destaca.
Ainda de acordo com o Dr. Alexandre Hohl, a baixa preocupação com complicações da doença a longo prazo é uma realidade entre os brasileiros. “Estima-se que metade da população com diabetes não sabe que tem a doença. A ausência de sintomas nas fases iniciais torna o cenário ainda mais alarmante, ao levarmos em conta que, apesar de sete em cada 10 portadores de diabetes afirmarem que seguem corretamente o tratamento, grande parte não possui a clareza de que o controle da doença inclui uma série de fatores que vão além da administração dos medicamentos”, explica o especialista.
Educação em saúde é fundamental