LUIZ CARLOS MOTTA
Presidente da Fecomerciários e da UGT-SP
Anunciadas no final do ano passado, as medidas provisórias nº 664 e nº 665 dificultam o acesso à concessão de benefícios trabalhistas fundamentais para a segurança financeira do trabalhador e de seus dependentes. São afetados pelas medidas direitos como abono salarial, seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio-doença.
Presidente da Fecomerciários e da UGT-SP
Anunciadas no final do ano passado, as medidas provisórias nº 664 e nº 665 dificultam o acesso à concessão de benefícios trabalhistas fundamentais para a segurança financeira do trabalhador e de seus dependentes. São afetados pelas medidas direitos como abono salarial, seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio-doença.
Se aprovadas pelo
Congresso, as novas regras terão um impacto maior exatamente nas classes que
mais necessitam desse amparo.
A mudança no
seguro-desemprego, que torna obrigatórios 18 meses de trabalho anteriores à sua
primeira solicitação, por exemplo, pode ser um golpe na estabilidade econômica
dos trabalhadores que estão começando suas carreiras.
Podemos utilizar como
exemplo a categoria comerciária, que é predominantemente composta por jovens – cerca
de 28% dos comerciários têm de 18 a 24 anos e 19% estão entre 25 e 29 anos.
Os jovens do comércio, de
maneira geral, estão em seu primeiro emprego, buscando estabilidade e
independência financeira, seja para arcarem com estudos e especializações ou
mesmo para ajudar no sustento das famílias.
Em uma realidade econômica
como a nossa, com alta inflação e um risco de desemprego elevado, esses
trabalhadores são os mais afetados pela mudança no benefício.