Entre Nós
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas
O governo federal, falido em virtude
da sangria que a corrupção tem feito nos cofres públicos nas últimas décadas,
vem paulatinamente desmantelando as políticas sociais implementadas desde 2003,
atingindo diretamente os setores economicamente vulneráveis. A redução de
programas como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular,
Agricultura Familiar, Ciência sem Fronteiras, SAMU, SUS – Sistema Único de
Saúde, investimentos nas universidades públicas, entre tantos outros, são alguns
exemplos pontuais. Estimativas iniciais indicam a retirada de recursos das
áreas sociais na ordem de R$ 30 bilhões, uma preparação para golpes mais
substanciosos.
O primeiro ataque pesado aos
trabalhadores se deu com a sanção presidencial ao projeto de lei 4302/89 que
legaliza a terceirização ilimitada, sem nenhuma proteção ao trabalho. O segundo
ataque já está preparado e vem na forma da reforma trabalhista, cujas
“flexibilizações” devem atingir os trabalhadores como um rolo compressor. O
ataque final vem na forma da reforma da previdência, que dificulta o acesso aos
benefícios previdenciários e permite que a renda seja ainda mais rebaixada,
criando situações de impossibilidade de aposentadoria, será o fim do sistema no
país.
Por todos estes motivos se faz premente
uma demonstração de força da classe trabalhadora, uma vez que o governo não
parece disposto a qualquer tipo de diálogo.
É hora dos trabalhadores conversarem
entre si e entenderem que se não houver uma mobilização nacional forte, todos
perderão seus direitos. Somos fortes, mas precisamos mostrar que somos fortes.
O movimento sindical está a pleno
vapor, informando, esclarecendo e as reações estão pipocando pelo país em forma
de audiências públicas, manifestações nas ruas e disseminação nas redes sociais.
A consciência coletiva está sendo
acordada. O movimento de 28 de abril será muito importante, os trabalhadores
precisam dar uma resposta contundente ao governo.
Todos estão convidados e convocados a
ir às ruas nesse dia de greve geral, com faixas e cartazes, levando a mensagem
cristalina da classe trabalhadora: exigimos justiça para todos, nós construímos
este país.