terça-feira, 2 de maio de 2017

1º de Maio de 2017: A Greve de 28 de Abril continua

O dia 28 de abril de 2017 entrará para a história do povo brasileiro como o dia em que a maioria esmagadora dos trabalhadores disse NÃO à PEC 287, que destrói o direito à aposentadoria, NÃO ao PL 6787, que rasga a CLT e NÃO à lei 4302, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa! 

Sob a palavra de ordem “Em 28 de abril vamos parar o Brasil” todas as centrais sindicais e suas bases se mobilizaram, de norte a sul do país, impulsionando uma imensa paralisação das atividades e grandes manifestações de protesto. 

Trabalhadores dos transportes urbanos, das fábricas, comércio, da construção civil, prestadores de serviços, escolas, órgãos públicos, bancos, portos e outros setores da economia cruzaram os braços. E este ato contou com o apoio dos movimentos sociais, como a UNE, de entidades da sociedade civil como a CNBB, a OAB, o Ministério Público do Trabalho, associações de magistrados e advogados trabalhistas, com o apoio dos nossos companheiros do movimento sindical internacional, e contou também com uma enorme simpatia popular.

Ato sindical marca o 1º de maio em Santos

Fonte: A Tribuna
Foto Bianca Midlej/Santa Cecília TV
As lideranças regionais das centrais sindicais resolveram se unir e marcaram para 1º de maio, em Santos, um ato conjunto pelo Dia do Trabalhador. Mesmo após a realização da greve geral na última sexta-feira (28/4), o objetivo continuou sendo posicionar-se contra as reformas trabalhista e da Previdência, além da lei da terceirização.

O ato foi realizado na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, que foi tomada por faixas com palavras contra o governo e os projetos de reforma e o objetivo, conversar com a população a respeito das mudanças que o Governo Federal quer promover na legislação do país, foi alcançado. Foi uma espécie de tira-dúvidas, agendada  na última hora, por conta da greve geral. 

‘Vamos invadir Brasília’, dizem sindicalistas

Foto: DL/Rodrigo Montaldi
Em discurso uníssono, sindicalistas das nove centrais sindicais, que promoveram hoje (28) a greve geral e as manifestações  na Baixada Santista, alegam que a luta mesmo será agora em Brasília.

“Vamos mobilizar os trabalhadores e invadir Brasília” foi o tom do discurso durante o ato público que encerrou a greve geral, realizado na Praça Mauá, no centro de Santos.

A greve geral na região foi deflagrada contra as reformas trabalhista e previdenciária pretendidas pelo Governo e que se encontram no Congresso Nacional, sendo que a reforma trabalhista foi julgada e aprovada nesta semana, na Câmara, e agora segue para o Senado.

Sindicalistas lamentaram também a repressão policial contra manifestantes que deixou trabalhadores feridos, entre eles o presidente do Sintraport, Claudiomiro Machado, Miro. As prisões para averiguações de estivadores também foi lamentada e despertou reação imediata dos manifestantes, que saíram da Praça Mauá em passeata até a sede do 1º Distrito Policial, solicitar a liberdade dos detidos.

O silêncio do Brasil abala Brasília

Fonte: UGT
Na manhã de sexta-feira (28/4), a população mandou seu recado para o governo federal, os deputados e todos os parlamentares que neste momento insistem em mexer em direitos trabalhistas e previdenciários.

Nas principais capitais do Brasil, os trabalhadores e trabalhadoras dos transportes coletivos paralisaram suas atividades e a população aderiu ao chamado das Centrais sindicais que, por mais de um mês, orientaram os cidadãos de que como não haveria condições de se locomover até seus trabalhos, o melhor seria permanecer em suas casas.

“Esta foi uma manifestação que teve como objetivo único e concreto a defesa dos direitos da classe trabalhadora que, com o argumento de superação de crise, o governo brasileiro está sedento por tirar”, explicou Ricardo Patah, presidente nacional UGT.

Impacto da Reforma Trabalhista na vida das Trabalhadoras

Fonte: CNTC
O texto final do projeto de lei nº 6787/2016 que trata da Reforma Trabalhista apresenta em geral grande retrocesso aos diretos de todos os trabalhadores e afetam diretamente as mulheres. Ainda que se enxergue tímidos avanços, tais mudanças fragilizam a ocupação da mulher no mercado de trabalho.

Dentre as principais medidas vale ressaltar a questão da mulher no trabalho insalubre, se antes o texto proposto pelo relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) condicionava que as mulheres grávidas poderiam trabalhar em local insalubre salvo por recomendação médica, o texto final aprovado na madrugada dessa quarta-feira (26) classifica as atividades insalubres em graus e o afastamento da trabalhadora das atividades mediante recomendação médica.

O texto final defini sobre o adicional de insalubridade à gestante ou à lactante, pontuando que cabe a empresa pagar esse adicional, efetivando-se a compensação. Compreende que caso seja necessário o afastamento das atividades insalubres pela gestante ou lactante essa receberá a classificação de gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-maternidade durante o período de afastamento. A proposta anterior não garantia o adicional de insalubridade o que refletia no benefício da licença-maternidade.

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