quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O papel distributivo dos acordos coletivos

Janeiro não é mês agradável quando o assunto é orçamento doméstico. Ainda mais quando se vem de um ano difícil, com crescimento menor e inflação preocupante. Mas um fator tem ajudado a, pelo menos, manter o jogo equilibrado: mesmo que o salário do brasileiro esteja longe de ser exuberante, os reajustes obtidos nos últimos anos e o aumento da renda foram determinantes para sustentar a economia. Campanhas salariais com índices acima da inflação correspondem a bilhões a mais em circulação.


Acordos de categorias profissionais numerosas, como bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros, comerciários e trabalhadores nos Correios, que negociaram no segundo semestre de 2013, representaram um acréscimo de R$ 11 bilhões na economia. Segundo o Dieese, 2012 foi o melhor ano para negociações salariais desde o início da pesquisa sobre o tema, em 1996. A tendência é de que 2013 mostre resultados parecidos, embora com aumentos reais (acima da inflação) menores.

A renda do trabalho vem aumentando nos últimos anos. Pelos dados da pesquisa mensal da Fundação Seade e do Dieese em seis regiões metropolitanas e no Distrito Federal, por exemplo, a massa de rendimentos está próxima dos R$ 33 bilhões. Apenas três anos atrás, somava R$ 27 bilhões. Um acréscimo de R$ 6 bilhões, considerando o maior número de pessoas no mercado e o crescimento do salário


Negociação Coletiva

Todos os anos, os sindicalistas brasileiros enfrentam uma série de negociações, com os empresários, um dos mais sofisticados métodos de luta de que dispõem os trabalhadores. A verdade é que ninguém está plenamente preparado para garantir o sucesso de uma negociação, pois a cada momento as condições econômicas, políticas e sociais mudam e o capital não para de elaborar novas estratégias e táticas para o embate, criando sempre novas dificuldades para os trabalhadores.

Ora, a negociação é o momento onde os interesses dos trabalhadores são confrontados com os dos patrões e dependendo da capacidade de negociação da partes envolvidas no processo e de quão forte é o apoio que elas têm em suas bases, as divergências podem aumentar ou diminuir, encontrar solução ou oposição.

Sorte!

Fonte: TRT10

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