terça-feira, 17 de maio de 2016

Temer cria grupo com centrais para discutir reforma da Previdência em 30 dias

Em reunião com as centrais sindicais dia 16/5, o presidente interino Michel Temer decidiu criar um grupo de trabalho para apresentar, em 30 dias, uma proposta sobre a reforma da Previdência. Cada entidade terá dois representantes no colegiado, que terá a primeira reunião na próxima quarta-feira (18).

Embora tenham se manifestado reticentes a mudanças na aposentadoria, sindicalistas que participaram de reunião hoje com Temer se comprometeram a procurar soluções junto com o governo. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não participaram do encontro por serem contrárias ao impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff.

Na opinião das centrais sindicais presentes, há alternativas de financiamento para a Previdência que não seja a mudança na idade dos trabalhadores para ter direito ao benefício, como o aumento da arrecadação por meio da formalização do trabalho e a criação de impostos por meio da legalização dos jogos de azar.

Atentos ao novo governo

Luiz Carlos Motta
Presidente Fecomerciários

A Fecomerciários e seus 69 Sindicatos Filiados estão atentos às medidas que possam ser adotadas pelo presidente interino Michel Temer, a pretexto da retomada do crescimento econômico. Já marcamos nossa posição com a veiculação do documento unitário “Comerciários paulistas no enfrentamento das crises nacionais”, aprovado, por unanimidade, em nossa Assembleia Geral do Conselho de Representantes, em 28 de abril. 

No texto, reafirmamos que, seja qual for o rumo governamental que venha a vigorar no Brasil, defendemos a democracia, a Constituição, a CLT, o emprego, a renda e outros direitos dos trabalhadores.

Defendemos, por exemplo, a manutenção da política de valorização permanente do salário mínimo. Piso Nacional com poder de compra reflete nos demais e contribui com a movimentação da economia. Mercado interno aquecido gera emprego, principalmente aos comerciários.

No documento repudiamos proposta do Plano de Governo Temer, denominada “Uma Ponte para o Futuro”, no qual o negociado entre patrões e empregados deve prevalecer sobre o legislado, em detrimento das Convenções Coletivas de Trabalho.

Temer será Presidente da República até o Senado Federal concluir o julgamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Ela retornará ao cargo se o Senado rejeitar o impeachment ou se, ao final de 180 dias, contados a partir da notificação (12 de maio), a Casa não tiver concluído o processo.

Brasileiros não suportam o preço dos medicamentos

Entre Nós
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas

Os preços e os reajustes no mercado farmacêutico formam uma equação que mostra estes três fatores: consumidores, governo e produtores.

Para os consumidores que necessitam do uso contínuo de medicamentos, o aumentos de 12,5% concedido em abril teve um impacto direto sobre a renda mensal.  O grupo que mais sofre é o dos aposentados, que em sua grande maioria não têm outra fonte de renda e não conseguem acompanhar o aumento, não só dos medicamentos, mas dos outros produtos da cesta básica também, que ultrapassam em muito o aumento dos benefícios.

Para aqueles que sobrevivem apenas com a ajuda dos remédios diários, a renda que sobra após a compra compulsória está bem menor e não cobre os gastos mensais necessários; às vezes é preciso diminuir, por exemplo, até os gastos com alimentação, uma área sensível.

Para o governo, entretanto, este aumento, não faz muita diferença pois, mesmo sendo um grande consumidor, o governo também é um grande recebedor de impostos, ou seja, o que gastar  mais na compra será compensado no recebimento de taxas, ficando praticamente elas por elas.

Grandes redes de farmácias e drogarias já representam mais da metade do segmento

Fonte: Guia da Farmácia c/informqações Monitor Digital
As grandes redes de farmácias e drogarias já são predominantes no varejo farmacêutico nacional. A representatividade deste segmento em relação ao volume de vendas cresceu de 42% para 56% entre 2007 e 2015. Enquanto isto, as farmácias independentes encolheram de 55% para 30%. Os indicadores são do IMS Distribution Services.


Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, o aumento da renda da população do País a partir do fim da década passada contribuiu para mudar o perfil do consumidor e estimulou a abertura de novos pontos de venda.

Apesar da crise, Nestlé planeja expandir operações e criar novas vagas no País

Mesmo em um cenário de crise, com a previsão do segundo ano seguido de contração do PIB, a Nestlé pretende expandir a operação brasileira, que hoje emprega 21 mil pessoas, segundo o principal executivo para as Américas e vice-presidente global da companhia, Laurent Freixe, em entrevista ao ‘Estado’. O grupo suíço, fundado há 150 anos e presente há 95 no Brasil, pretende criar 3 mil postos de trabalho ao longo dos próximos três anos, com prioridade para os profissionais mais jovens. No total, serão 7 mil contratações nesse período, incluindo as substituições.

Apesar da crise, a companhia, que vai investir mais de R$ 500 milhões no Brasil só neste ano, vê motivos de sobra para continuar apostando no País – que é seu quarto mercado global. A empresa conseguiu se manter no azul no Brasil em 2015 e vê vários mercados com potencial de forte expansão nos próximos anos, segundo Freixe, como cápsulas de café (o País ganhou, há poucos meses, a primeira fábrica do produto fora da Europa), alimentos de apelo saudável e nutrição animal.

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