Entre Nós
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas
Os preços e os reajustes no mercado farmacêutico formam uma equação que mostra estes três fatores: consumidores, governo e produtores.
Para os consumidores que necessitam do uso contínuo de medicamentos, o aumentos de 12,5% concedido em abril teve um impacto direto sobre a renda mensal. O grupo que mais sofre é o dos aposentados, que em sua grande maioria não têm outra fonte de renda e não conseguem acompanhar o aumento, não só dos medicamentos, mas dos outros produtos da cesta básica também, que ultrapassam em muito o aumento dos benefícios.
Para aqueles que sobrevivem apenas com a ajuda dos remédios diários, a renda que sobra após a compra compulsória está bem menor e não cobre os gastos mensais necessários; às vezes é preciso diminuir, por exemplo, até os gastos com alimentação, uma área sensível.
Para o governo, entretanto, este aumento, não faz muita diferença pois, mesmo sendo um grande consumidor, o governo também é um grande recebedor de impostos, ou seja, o que gastar mais na compra será compensado no recebimento de taxas, ficando praticamente elas por elas.
Fica claro, que a crise sem precedentes provocada pelo “desgoverno” federal custa caro apenas para os brasileiros que precisam de medicamentos, pagam um carga tributária de 30% sobre os remédios, não têm um sistema de saúde eficiente, amargam o desemprego ou aposentadorias irrisórias e não vêm uma luz no final do túnel a curto prazo. Para arrematar, existe uma Frente Parlamentar para Desoneração de Medicamentos. Já ouviu falar?
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