terça-feira, 23 de outubro de 2018

Precisa falar a mesma língua que o "freguês"!


ENTRE NÓS
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas

O ramo das farmácias tem um futuro bastante promissor no Brasil, devido a fatores demográficos, comportamento da população, inovações que indústrias e varejistas criam de forma cada vez mais acelerada para o mercado consumidor. Fatores inesperados, como economia, política, mudanças climáticas ou doenças interferem no mercado, não passam de movimentos sazonais, que não tem força para impedir o crescimento do setor.

É fácil perceber que a indústria farmacêutica cresce a olhos vistos, as ações de erradicação necessitam de inúmeros tipos de vacinas, produtos novos chegam ao mercado todos os dias, o estilo de vida contemporâneo favorece o aparecimento de doenças crônicas e metade dos adultos são portadores de pelo menos uma doença crônica; além disso, a fatia de idosos gasta dez vezes mais do que um adulto jovem e cresce ano a ano. Somados, estes fatores contribuem para garantir o futuro promissor das farmácias nas próximas décadas.

Hoje, marcas de drogarias como Drogasil e Droga Raia; Amil, OdontoPrev e Fleury, de cuidados com a saúde, estão entre as 60 marcas mais valiosas do país, conforme revela pequisa, e em franco crescimento.

Neste ramo irá vencer quem conseguir diversificar, isto é, além de focar no combate à doença, investir em dermocosméticos, perfumaria e serviços, tratando do bem-estar do consumidor. Vai precisar oferecer um atendimento qualificado, descontos personalizados, cultivar um relacionamento com o cliente. Resumo: vai precisar estar próximo e falando a mesma linguagem que o “freguês”.

Drogarias entre as marcas mais valiosas do Brasil


Juntas, Drogasil e Droga Raia somam US$ 1.376 bilhões
Marcas de drogarias como Drogasil e Droga Raia; e Amil, OdontoPrev e Fleury, de cuidados com a saúde, estão entre as 60 marcas mais valiosas do País, conforme revela o ranking BrandZ Brasil, elaborado pela Kantar. Todas elas tiveram um crescimento no ranking, se comparado a 2017. A Drogasil, que obteve uma alta de 21%, soma este ano o valor de US$ 757 bilhões, aparecendo em 22ª lugar no ranking das marcas mais valiosas. No mesmo segmento, a Droga Raia cresceu US$ 589 bilhões, atingindo 20% de aumento em 29º lugar. “As marcas Drogasil e Droga Raia têm tido um crescimento sustentável nos últimos anos, por conta de sua sustentável expansão geográfica, mas também no conceito de lojas, conseguindo oferecer uma gama variada de produtos em um excelente padrão de serviços”, analisa o CEO da Kantar Consulting para América Latina, Eduardo Tomiya.

Na categoria de cuidados com a saúde, a empresa de assistência médica Amil soma US$ 706 bilhões, uma alta de 36%, na 23ª posição entre as marcas mais valiosas. Em seguida, aparecem a OdontoPrev, de assistência odontológica, em 37º lugar, com um aumento de 35%, somando US$ 432 bilhões, e a empresa de laboratórios médicos Fleury, que obteve o expressivo crescimento de 58%, somando US$ 327 bilhões, na 46ª posição. “No segmento de saúde, a marca Fleury reaparece entre as Top 60, com uma proposta de valor muito associada à atendimento, com elevados índices de satisfação de seus consumidores”, destaca Tomiya.

Histórico e metodologia
A avaliação da marca por trás do BrandZ Brazilian Top 60 foi realizada pela Kantar. A metodologia espelha aquela que foi utilizada para calcular o ranking BrandZ Top 100 Most Valuable Global Brands anual, que está, agora, no décimo primeiro ano.

Encomendado pela WPP, o ranking de marcas mais valiosas é único. Combinando dados financeiros da Bloomberg e da Kantar Millward Brown com opiniões de consumidores obtidas em 1.000 entrevistas com mais de 54.000 consumidores latino-americanos em 34 categorias, o BrandZ™ Top 60 Most Valuable Brazilian Brands é a classificação mais robusta disponível das marcas brasileiras.

Diabetes: falta de clareza no controle da doença


Apesar de ser uma das doenças crônicas que mais acomete os brasileiros, existe uma certa discrepância com relação à prevenção e controle adequado do diabetes. A demora para que o paciente atinja o controle adequado, mesmo após iniciar o tratamento, pode causar complicações que podem levar à morte. Atualmente, o Brasil possui cerca de 14 milhões de portadores de diabetes¹, sendo que a doença hoje é a terceira maior causa de mortes no País, e nos últimos seis anos, cresceu por volta de 12%².

A inércia terapêutica consiste na demora na intensificação do tratamento, como explica o endocrinologista e vice-presidente Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dr. Alexandre Hohl. “A inércia pode ser causada tanto pelo paciente quanto pelo profissional de saúde que, por desconhecimento ou não cumprimento de protocolos que buscam o controle do diabetes, demora em intensificar o tratamento com outros medicamentos, o que é essencial para a prevenção de uma série de complicações associadas”, destaca.

Ainda de acordo com o Dr. Alexandre Hohl, a baixa preocupação com complicações da doença a longo prazo é uma realidade entre os brasileiros. “Estima-se que metade da população com diabetes não sabe que tem a doença. A ausência de sintomas nas fases iniciais torna o cenário ainda mais alarmante, ao levarmos em conta que, apesar de sete em cada 10 portadores de diabetes afirmarem que seguem corretamente o tratamento, grande parte não possui a clareza de que o controle da doença inclui uma série de fatores que vão além da administração dos medicamentos”, explica o especialista.

Educação em saúde é fundamental

Aprovada vacina contra gripe exclusiva para idosos


A Sanofi Pasteur acaba de receber a aprovação de registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de uma nova vacina contra gripe desenvolvida exclusivamente para idosos. Nesta população, a vacina apresentou-se 24,2% mais eficaz na proteção contra a gripe em comparação à vacina contra influenza trivalente aprovada atualmente no Brasil.

A vacina contra gripe exclusiva para idosos estará disponível em farmácias e clínicas particulares após definição de preço pela Câmera de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão ligado à Anvisa que auxilia, tecnicamente, na determinação do valor máximo de venda. Ainda não há previsão para comercialização.

Menos risco de complicações
A vacina contra gripe focada no público idoso foi lançada nos Estados Unidos em 2010, e desde então, mais de 67 milhões de idosos já foram protegidos com este novo produto. “O Brasil tem uma população idosa crescente que precisa se proteger contra a gripe. O cuidado com esse grupo, especialmente para influenza, é uma necessidade notada há algum tempo e agora muitos serão beneficiados”, pontua o diretor geral da Sanofi Pasteur, Hubert Guarino.

Adultos a partir de 65 anos são, particularmente, mais vulneráveis a complicações associadas ao vírus Influenza, o que significa que a resposta de anticorpos após o recebimento da vacina tradicional contra a gripe nessa população é mais baixa do que em adultos jovens. A nova vacina contra gripe foi desenvolvida e produzida para pessoas a partir de 65 anos e ajuda a promover uma resposta imune mais efetiva. Ação preventiva

A gripe pode estar associada a complicações graves em idosos, como pneumonia, sendo que infecções causadas pelo vírus influenza estão relacionadas a seis das 10 principais causas de hospitalização nesta população. Para aqueles com doenças crônicas, como diabetes, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma ou problemas cardíacos, o risco é ainda maior.

Esta vacina contra gripe é trivalente e protege contra os vírus Influenza A H1N1, Influenza A H3N2, e um tipo de Influenza B, de acordo com a recomendação anual da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além da vacinação do próprio idoso, para protegê-lo também é necessário vacinar as pessoas que estão ao seu redor. Quando vários indivíduos estão vacinados, ocorre o que chamamos de “proteção de rebanho”, ou seja, ao se proteger, também há proteção daqueles que estão em seu convívio, pois a circulação do vírus é reduzida. Quanto mais pessoas tomarem a vacina contra gripe, menos o vírus influenza será disseminado e mais pessoas dos grupos prioritários e de risco, que podem ser atingidos de forma mais grave, como os idosos, estarão protegidos.

Restam pouco mais de 2 meses para pedir aposentadoria pela regra 85/95; entenda

O trabalhador que pretende se aposentar por tempo de contribuição tem pouco mais de 2 meses para aproveitar as vantagens da fórmula 85/95, sem o desconto do fator previdenciário. A partir de 31 de dezembro, passará a vigor a regra 86/96, conforme previsto por lei sancionada em 2015, o que tornará mais difícil o acesso ao benefício integral.

Pela regra atual, da fórmula 85/95, a soma entre a idade e o tempo de contribuição no caso das mulheres deve ser de pelo menos 85 anos e no caso dos homens, de 95 anos, para que o trabalhador ou trabalhadora tenha direito a aposentadoria com o benefício integral. A partir de 2019, essa soma exigida sobe um ponto para ambos, passando a ser de 86, para mulheres, e 96, para homens.

Aposentadoria antes do tempo
Homens e mulheres que tenham atingido o tempo mínimo de contribuição (35 anos para eles, 30 para elas) também podem se aposentar sem atingir essa pontuação 85/95. Mas, nesse caso, o valor da aposentadoria é reduzido pelo fator previdenciário.

Esse mecanismo reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição. A fórmula, criada em 1999, se baseia na idade do trabalhador, tempo de contribuição ao INSS e expectativa de sobrevida do segurado. Quanto menor a idade no momento da aposentadoria, maior é o redutor do benefício.

"A partir de 31 de dezembro só poderão optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for igual ou superior a 86 pontos, se mulher; ou 96 pontos, se homem", explica o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Portanto, os segurados devem ficar atentos e conferir se já completaram a pontuação exigida para conseguir o benefício pelo cálculo mais vantajoso.

O advogado João Badari, especialista em direito previdenciário, destaca algumas situações que podem elevar o tempo total de contribuição, mediante comprovação, como trabalho em atividades insalubres, período de alistamento militar e tempo de estudo em escola técnica.

"Vale verificar se o INSS aceitou todos os vínculos da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e carnês no cadastro nacional de informações sociais (CNIS), e ver se ingressou com ação trabalhista, pois ela pode ter reconhecido vínculo e aumentado o tempo de contribuição", lembra.

Vantagens da regra e valor do benefício

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