quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Ato na Paulista reafirma união das Centrais por emprego e direitos



Fonte: Fecomerciários
As oito Centrais Sindicais levaram milhares manifestantes à Avenida Paulista, região central de São Paulo, na manhã desta terça-feira, 16 de agosto. No ato unitário, intitulado Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos, UGT, Força Sindical, CUT, CTB, Nova Central, CGTB, Intersindical e Conlutas deram forte demonstração de unidade pela preservação dos direitos trabalhistas e previdenciários ameaçados pela “Ponte para o Futuro”, plano de governo do presidente interino Michel Temer. O protesto também constituiu uma forma de respeito aos trabalhadores em suas bases.

Equipe do Sinprafarmas participou do evento, junto com representantes dos 68 sindicatos filiados à Fecomerciários.

Atos regionais
Luiz Carlos Motta, presidente da UGT/SP e da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo, mobilizou trabalhadores de várias categorias, com destaque aos comerciários e práticos de farmácia dos Sindicatos Filiados. Duas colocações marcaram o discurso do líder sindical comerciário no protesto.
Primeiro, Motta antecipou que a UGT/SP, juntamente com as 12 Regionais da Federação, também vão promover atos, em todo o Estado, com base na seguinte pauta:

- Preservar direitos trabalhistas e previdenciários.
- Gerar empregos com incentivo à indústria e ao comércio.
- Repudiar a terceirização da mão de obra ampliada.
- Repudiar a Reforma da Previdência.
- Combater a proposta de se prevalecer o negociado sobre o legislado, entre outros.
- Lutar pela manutenção da CLT.

Eleições municipais
A segunda observação do presidente Motta focou na necessidade de os eleitores exercerem o voto consciente nas eleições municipais de 2 de outubro próximo. Foi reforçado por ele que o momento pede o exercício do voto cidadão para os trabalhadores fortalecerem suas lutas em outra trincheira. Ou seja, nas urnas, consideradas por Motta como importante forma de resistência. Ele finalizou: “O voto consciente é o princípio das mudanças necessárias para revertermos a atual desigualdade entre trabalhador e patrão nas Casas de Lei, como se vê nas Câmaras Municipais e no Congresso Nacional. Precisamos começar agora, nas eleições municipais, para reconquistarmos a nossa bancada, em Brasília, em 2018, a fim de evitarmos mais violência contra os direitos do trabalhador”. 

Paulista
Pacífica, a manifestação interrompeu o trânsito da Avenida Paulista, nos dois sentidos, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Dirigentes e militantes das Centrais com camisetas, bonés, bandeiras e rodeados por faixas e balões, reafirmaram, do caminhão de som, palavras de ordem pela geração de empregos e manutenção de direitos da classe trabalhadora.

Além da garantia de empregos e de direitos, o ato valorizou a reconstrução da unidade das Centrais. Repudiou as propostas do governo interino para a Reforma da Previdência, a prevalência do negociado sobre o legislado e a flexibilização da CLT, entre outras intenções governamentais, tratadas pelos sindicalistas como “Pacote de Maldades”.

Assim como em São Paulo, nas demais capitais brasileiras os representantes das Centrais escolheram as sedes das Federações das Indústrias para, igualmente, fazer o protesto, dado o apoio da entidade patronal à precarização dos direitos trabalhista e, também, como forma de repúdio às declarações do empresário Robson Braga de Andrade, que defende a jornada semanal de trabalho de 80 horas semanais. Ele é presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que agrega todas as federações das indústrias do Brasil. A Fiesp, por sua vez, encabeçou uma campanha contra o aumento de impostos, simbolizada num pato amarelo, inflável, cujo mote era “não vamos pagar o pato!”. O recado unitário passado pelas Centrais foi: “Quem não vai pagar o pato são os trabalhadores”.

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