terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Goela a abaixo!

Entre Nos
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas

A reforma trabalhista, previdenciária e sindical constitui uma das diretrizes prioritárias do Governo Federal. A urgência requerida por essa reforma decorre da necessidade de tornar as leis e instituições do trabalho mais compatíveis com a nova realidade econômica, política e social do país, de maneira a favorecer a democratização das relações do trabalho e sanear as conta da previdência, criando um ambiente propício à geração de empregos de melhor qualidade e à elevação da renda da população. Este é o mantra recitado diariamente pelo governo federal.

Muito bem: o projeto elaborado em Brasília para as reformas, nem de longe reflete a opinião majoritária dos trabalhadores, que não podem ver com bons olhos uma proposta que pretende primeiro enfraquecer o movimento sindical, num momento em que ainda convivemos com uma injusta repartição das riquezas sociais, com o trabalho escravo e informal, o desrespeito, a impunidade e depois retirar do trabalhador, através do retalhamento da CLT e do desmonte da previdência, direitos conquistados a duras penas no último século.

Sabemos que ajustes na legislação são necessários, mas ajustes que possam garantir ao trabalhador uma representação democrática, combativa, exercida através de entidades preparadas para garantir e ampliar as conquistas sociais, fortalecendo a noção de unidade da classe trabalhadora.

O momento de votação nas casas legislativas é sempre uma incógnita, mas o movimento sindical está tentando dialogar e fazer o governo federal refletir se vale à pena tentar enfiar pela goela do trabalhador uma proposta que em nada contribuirá para o projeto de desenvolvimento nacional, provocando uma cisão irreparável entre as partes.

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