ENTRE NÓS
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas
“O Brasil, que vinha reduzindo suas taxas de mortalidade infantil com índices melhores que a média mundial nos últimos 26 anos, teve, em 2016, o primeiro dado estatístico de retrocesso: 14 óbitos infantis a cada mil nascimentos, um aumento de aproximadamente 5% sobre o ano anterior. Ministério da saúde culpa vírus zika e a crise econômica. Depois do dado negativo, o cenário da mortalidade infantil no país não tem prognóstico de melhora. A tendência é que ele volte a aumentar em 2017, segundo dados preliminares da Unicef.” (Brasil247)
Lamentavelmente este não é um cenário que surpreenda, mas simplesmente um cenário anunciado pelos sucessivos atos irresponsáveis do governo que congelaram os recursos para a área da saúde, com a aprovação da PEC do Teto, que interferiu diretamente em programas sociais e resultou nesta estatística vergonhosa. As crianças nas menores faixas etárias, de famílias pobres são as mais impactadas pelas sucessivas crises econômicas provocadas por um poder público gastão e corrupto que privilegia apenas seus pares.
A implantação de programas sociais como o Bolsa Família e “Estratégia da Família” foram grandes colaboradores para a redução da mortalidade infantil, mas a “pseudo” austeridade orçamentária federal reduziu a cobertura destes programas atingindo diretamente a saúde de crianças menores de cinco anos. Portanto nenhuma novidade que o número de mortes voltasse a crescer, com perspectivas de aumentar ainda mais.
Faltam cuidados pré-natal, cuidados com as gestantes, cuidados durante o parto, cuidados com o bebê após o nascimento, cuidados durante o período de aleitamento, cuidados com as vacinas necessárias. Precisa dizer mais?
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