Dirigentes das centrais sindicais
(Força Sindical, CUT, CTB, UGT, Nova Central) vão se reunir hoje (dia 3), às 16
horas, na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para discutir a votação
do fim do fator previdenciário.Os sindicalistas darão uma coletiva à
imprensa.
Os trabalhadores realizaram atos na
Câmara dos Deputados pelo fim do fator há vários anos e intensificaram as
mobilizações nas últimas semanas. “Vamos insistir na mobilização porque, a cada
ano, os trabalhadores que vão se aposentar estão sendo prejudicados. Isto é um
crime contra eles”, disse Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força
Sindical e deputado federal pelo PDT-SP.
Força
Sindical
Fica para 2013
votação do fator previdenciário
O Globo - Cristiane Jungblut
A presidente Dilma Rousseff vem
conseguindo segurar sua base aliada na Câmara e deve fechar mais um ano sem a
aprovação do fim do fator previdenciário, que inibe aposentadorias precoces. É
uma mudança desejada há anos pela grande maioria dos deputados. Líderes dos
maiores partidos na Casa já admitem que a votação deve ficar para 2013. Mas é
consenso na Câmara que, se colocada em pauta, ninguém ficará contra, nem mesmo o
PT.
Por isso, Dilma fez um apelo pessoal ao
presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que ameaça cumprir a promessa de votar
o projeto desde o primeiro semestre. A preocupação do governo é com o rombo que
a mudança causaria nos cofres da Previdência.
O déficit da Previdência para 2013 está
previsto em R$ 34,2 bilhões na proposta do Orçamento Geral da União, enviada
pelo governo, mas esse número deve crescer com o reajuste do valor do salário
mínimo a partir de janeiro.
O fator foi criado em 1999 e, nos primeiros dez
anos, gerou economia de R$ 10,1 bilhões, perdendo depois o fôlego. Mesmo assim,
estimativas da Previdência falam numa economia de cerca de R$ 30 bilhões até
hoje.
Dentro do governo há dúvidas sobre a
viabilidade financeira da proposta em discussão na Câmara de substituir o atual
fator pela chamada fórmula 85/95: a aposentadoria seria possível quando o
contribuinte completasse a soma de 85 anos, considerando sua idade mais o tempo
de contribuição, no caso de mulher; e 95 anos para homem.
O governo não abre mão de que seja fixada uma
idade mínima para aposentadoria. Desde agosto, o governo faz contas para o
cálculo das aposentadorias, com simulações de uma fórmula que leve em conta a
expectativa de vida das pessoas. Mas não consegue uma equação segura, daí a
decisão política de não votar a proposta.
Na Câmara, depois de Dilma entrar em campo, os
líderes das maiores bancadas e o próprio Marco Maia adotaram um tom mais
cauteloso. Maia chegou a prometer que poria a matéria em pauta antes do recesso
do fim de ano, mas isso não deve ocorrer.
Os líderes admitem que é grande a pressão nas
bancadas, mas cedem ao argumento do governo de que não há como, em momento de
crise econômica internacional, pôr em risco as finanças do país. O líder do
PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), assume o discurso da
responsabilidade: - É hora de o governo sentar e conversar com a
base, apresentar uma alternativa que faça justiça ao trabalhador, mas não crie
prejuízos ao país. Do jeito que está, não votamos este ano.
O líder do PT, Jilmar Tatto (SP), também
considera improvável a votação do fim do fator nos próximos meses. E diz que
mesmo a fórmula 85/95 não é aceita pelo governo, com o mesmo argumento do aperto
fiscal por causa da crise econômica mundial.
- Como está hoje, o fator prejudica os
trabalhadores, mas acabar com ele seria irresponsabilidade com o país. Não
podemos votar por votar, o esforço tem que ser para conversar com o governo,
combinar a melhor alternativa.
Presidente da Força Sindical, o deputado Paulo
Pereira da Silva (PDT-SP) disse que manterá a estratégia de obstruir a votação
de projetos de interesse do país e do Orçamento de 2013 como forma de pressão.
Um comentário:
Se se decide algo que vai ser a favor dos cidadãos, eu sempre vou estar de acordo.
Tem que sair alguma lei para que todos os homens se controlem de forma obrigatória a partir dos 40 anos em urologia no centro, porque muitos morrem jovens por não se cuidar.
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