Um complemento vitamínico aqui, um remedinho para febre ali.
De médica toda a mãe tem um pouco, e resistir à tentação de medicar o filho em
casa, sem consultar o pediatra, é tarefa difícil. No entanto, medicamentos de
uso cotidiano, que prometem alívio instantâneo de desconfortos, oferecem riscos
à saúde das crianças se ingeridos sem orientação de um profissional.
Todo o remédio pode apresentar efeitos colaterais
indesejáveis e provocar problemas graves de saúde. Mas, de acordo com o
toxicologista pediátrico Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica
(Ceatox) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, a automedicação
pode ser benéfica e é estimulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando
a criança já sentiu outra vez os mesmos sintomas e já fez uso do mesmo remédio,
por indicação do pediatra. Por exemplo: se seu filho está com febre, você pode
medicá-lo com o mesmo remédio usado na última vez por até quatro dias
consecutivos. Se os sintomas não melhorarem, daí sim é hora de procurar o
pediatra.
Cuidado com analgésicos comuns
Usados pelas mamães para aliviar sintomas de virose, como a febre,
os analgésicos são os remédios mais usados e abusados no Brasil. O ácido
acetilsalicílico (AAS) presente em alguns desses medicamentos, vendido
comercialmente como Aspirina, não deve ser dado a crianças com suspeita de
gripes, resfriados, varicela ou catapora, pois pode precipitar uma destruição
do fígado. Outra substância que deve ser usada com cautela é o paracetamol,
também presente em analgésicos. Quando associado a anti-inflamatórios, pode
aumentar a incidência de doença nos rins na vida adulta.
Suplementos de ferro e de vitaminas, comumente dados por
mães aos pequenos, só devem ser consumidos com indicação do pediatra. O excesso
dessas substâncias pode causar intoxicações. Na dúvida, quando se trata de
medicamentos, optar pela cautela é sempre melhor do que o exagero.
Fonte: Terra/Comunidade Farmácia Brasileira
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