Neste
mês em que se comemora o Dia da Criança, o Brasil e tem pouco a festejar.
Segundo levantamento do Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil
(FNPETI), cerca de 2,1 milhões de jovens brasileiros com idades entre 10 e 17
anos trabalham em situação irregular, isto é, crianças e adolescentes em uma
faixa de idade em que o trabalho é totalmente proibido por lei – até 13
anos - estão submetidos a atividades informais e sem proteção da Lei de
Aprendizagem, arriscando perder um futuro sem
qualificação em troca de um pagamento imediato
e irrisório.
Apesar
das grandes mudanças sócio econômicas pelas quais o país passou nos últimos
anos, o poder público e sociedade não conseguiram erradicar esta grande chaga
que é o trabalho infantil. O bom desempenho da economia brasileira é alavancado
indiretamente pelo serviço informal degradante, exploração sexual, trabalho
doméstico, agrícola ou industrial prestado por crianças.
A realidade das crianças e adolescente que trabalham em matadouros, na extração de pedras, em estábulos, estrebarias ou pocilgas, na extração de madeira, na produção de carvão, em olarias, borracharias, esgotos, na fabricação de bebidas alcoólicas, fogos de artifício ou inflamáveis, nas colheitas ou direção de máquinas agrícolas, tratores ou esmeris entre outras inúmeras atividades perigosas e degradantes que lhes roubam a infância, é um fato incontestável, em qualquer região do Brasil.
E
entre tantas e diversificadas atividades impostas às crianças e adolescentes
pela pobreza e ignorância, milhares delas ainda são submetidas ao trabalho
doméstico, tarefa que sequer é reconhecida por muitos pais ou responsáveis,
como trabalho e, muito menos, como uma das piores formas de trabalho infantil
(decreto 6481/20008), um tipo de atividade escravagista.
Apesar
das grandes dificuldades no combate ao trabalho infantil, a luta avança e na
semana da criança o Brasil sediou a 3ª Conferência Global sobre Trabalho
Infantil, produzindo a Carta de Brasília, que reafirmou o compromisso de 140
países para erradicar as piores formas de trabalho que submetem 168 milhões de
crianças no mundo, ATÉ 2016... ainda que esta seja uma meta muito difícil de
ser cumprida.
Por
isso, todos devemos participar desta luta. Não fique calado, DIGA NÃO AO
TRABALHO INFANTIL, denuncie 0800 11 16 16, vote em políticos compromissados com
esta causa, cobre atitudes do parlamentar que você elegeu. Quando a sociedade
se movimenta, as metas são alcançadas.
Jaime Porto
Presidente do Sinprafarmas
Baixada Santista
Diretor Nacional da Força Sindical
Diretor Nacional da Força Sindical
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