terça-feira, 8 de março de 2016

Pré-diabete atinge 40 milhões de brasileiros

Fonte: O Estado de S.Paulo
A diabete é uma doença grave e que preocupa muitas pessoas atualmente. O período de desenvolvimento é de 10 anos e, durante esse tempo, é comum que as pessoas entrem no estágio da pré-diabete, caracterizado pelo índice glicêmico em jejum entre 99 e 127. O precedente da doença também é importante e precisa ser tratado, antes que evolua para a diabete.

"Em geral, pessoas que tem pré-diabete são aquelas que estão acima do peso e têm risco de desenvolver diabete tipo 2", explica o endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Rogério Silicani. Além disso, o especialista afirma que, normalmente, o estágio está relacionado ao aumento de gordura, especialmente a abdominal.

Há ainda outros fatores de risco que podem levar pessoas a desenvolverem a pré-diabete, como genética favorável para desenvolver a doença, já ter tido índices elevados de glicemia, mulheres que tiveram diabete gestacional ou filhos com mais de quatro quilos, ser hipertenso, sedentário ou ter mais de 40 anos.
Estima-se que para cada diabético, três pessoas estejam na condição de pré-diabete, isto é, aproximadamente 40 milhões de brasileiros. Apesar do número elevado, o coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Ricardo Cohen, afirma que poucas pessoas que estão nesse estágio têm conhecimento.

Para ajudar um paciente a descobrir que está no estágio de pré-diabete, é preciso verificar o índice glicêmico. "É comum descobrir em exames de rotina", explica Cohen. No entanto, o endocrinologista do Albert Einstein alerta que, embora o exame dê o diagnóstico, possuir fatores de risco já é motivo para alertar o paciente.

Para prevenir que o estágio evolua para a diabete, é preciso ter uma vida saudável. De acordo com o Silicani, a meta deve ser diminuir entre 5% e 7% do peso corporal e fazer 150 minutos de atividades físicas por semana. Tomar medicamentos para controlar a evolução da pré-diabete também é importante. "Para um diabético, as mudanças não freiam a doença, apesar de atenuarem, mas um pré-diabético pode evitar o problema", frisa Cohen sobre a importância de orientar os pacientes a se cuidar.

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