terça-feira, 21 de junho de 2016

Frio aumenta casos de conjuntivite alérgica

Os oftalmologistas já sabem e esperam. Basta chegarem as temperaturas mais baixas para aumentar os casos de conjuntivite alérgica nos consultórios e hospitais. No inverno, o crescimento chega a 70%. Mas, com a queda antecipada das temperaturas, o Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos, já registra a elevação do número de pacientes com os sintomas típicos do problema ocular: olho vermelho, edema de início súbito e coceira.

Na maioria das vezes, a alergia é provocada pelos ácaros e fungos presentes nas roupas pesadas de inverno, pelos ambientes fechados e pela própria rinite alérgica. A consequência disso é a inflamação da conjuntiva (membrana que recobre o olho e a superfície interna das pálpebras).

"Durante o clima frio, os pacientes com conjuntivite alérgica aparecem diariamente nos consultórios. A diferença é que este tipo não é contagioso, ou seja, não há risco de surto", atesta o professor doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo e diretor do Hospital Visão Laser e titular da cadeira de Oftalmologia na Faculdade de Medicina do Unilus (Centro Universitário Lusíada), Dr. Marcello Colombo Barboza.

Na conjuntivite alérgica, os alérgenos podem ser identificados e então evitados. Uma medida simples e eficaz é tirar do armário os casacos e colocar no sol para tirar os ácaros, provocadores da reação alérgica. É importante também manter os ambientes ventilados.

Como existe mais de um tipo de conjuntivite, como as causadas por bactérias ou vírus, a recomendação é procurar um médico, assim que surgirem os sintomas: coceira, olhos vermelhos, sensibilidade à luz, sensação de areia nos olhos, edema das pálpebras e secreção. "Só o médico poderá dizer qual é o tipo de conjuntivite e qual o melhor tratamento. A automedicação nunca é recomendada. As pessoas se esquecem de que colírio também é remédio", diz o especialista.

Geralmente, as conjuntivites alérgicas afetam, ainda, pessoas com quadro de outros tipos de alergia, como a rinite que atinge o nariz. Sendo assim, elas devem procurar dois especialistas, o alergista e o oftalmologista. Antiinflamatórios tópicos e medicamentos via oral podem ser usados na ocorrência de conjuntivite alérgica prolongada.

Dicas para prevenção e tratamento:
1. Tirar do armário os casacos e coloque no sol para tirar os ácaros, provocadores da reação alérgica.
2. Mantenher os ambientes ventilados.
3. Lavar as mãos com frequência e evite coçar os olhos.
4. Não encostar o frasco das pomadas e colírios nos olhos e lavar as mãos antes a após aplicá-los.
5. Evitar a exposição a agentes irritantes (fumaça) e alérgenos (como os ácaros e o pólen das flores) que podem causar conjuntivite.
6. Não usar lentes contato enquanto estiver com conjuntivite ou em uso de colírios ou pomadas.
7. Procurar um médico, assim que surgirem os sintomas: coceira, olhos vermelhos, sensibilidade à luz, sensação de areia nos olhos, edema das pálpebras e secreção.
8. Fazer limpeza com panos úmidos para remoção de poeira, principalmente no quarto de dormir, e do mofo, evite contato com pelo de animal, se for sensível, remova carpetes e usar desumidificadores.

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