terça-feira, 7 de março de 2017

Justiça ágil para coibir a violência de gênero

Entre Nós
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas

As estatísticas ainda indicam que um percentual reduzido de mulheres presta queixa à polícia quando o assunto é violência, revelando o temor de humilhação e maus-tratos subseqüentes.

Embora a Lei Maria da Penha tenha sido um grande avanço no trato deste assunto tão delicado é fácil constatar que a aplicação da lei não perturba o infrator, do mesmo modo como a lei anti corrupção não atemoriza ninguém, no Brasil atual. Esse quadro implica a naturalidade e a legitimação deste padrão de violência, reforçando a hierarquia entre os gêneros.

É este quadro que precisamos mudar, pois, a violência afeta mulheres de todas as idades, raças e classes tendo graves repercussões sociais, como agravos à saúde física e mental, dificuldades no emprego, na aprendizagem, riscos de prostituição, uso de drogas e outros comportamentos de risco. Precisamos olhar para o problema do modo mais amplo possível, para que a mulher seja vista e acompanhada integralmente.

Embora já existam políticas públicas destinadas a prevenir, punir exemplarmente e erradicar a violência contra a mulher, de acordo com os parâmetros internacionais e constitucionais, elas não estão sendo aplicadas como deveriam ser. Ações estatais são urgentes e necessárias para o enfrentamento da violência que acomete milhares de mulheres no Brasil. Não dá mais para ficar esperando, é preciso que o nossa Justiça se agilize de modo a aplicar a lei com todo o seu rigor, coibindo a violência doméstica e familiar.

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