Entre Nós
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas
Mais
uma vez os políticos eleitos pelo povo para defendê-lo se voltaram contra os
trabalhadores, o elo mais fraco na cadeia econômica. Aprovado, o PL 4302/98 fere
as Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em vigor desde 1943, abrindo a
porteira para que o negociado sobre o legislado e a reforma previdenciária
sejam aprovadas nas casas legislativas, destruindo avanços conquistados tão
duramente pela classe trabalhadora no século 20. E não vai parar por aí.
Este
foi um golpe contra os empregados e não uma modernização das relações de
trabalho. Uma manobra que vai permitir aos grupos empresariais aumentar sua
rentabilidade reduzindo o custo da contratação, enquanto o trabalhador vai
ganhar menos e trabalhar mais, um escravo moderno.
O
trabalhador ficará desamparado, uma vez que é pratica corrente a empresa
prestadora abandonar os terceirizados, quando a tomadora encerra o contrato,
precisará recorrer à justiça até para receber o seguro desemprego. As condições
de trabalho serão precarizadas, os acidentes vão aumentar, com mais
probabilidade de mortes, a rotatividade será exarcebada, o poder de greve
praticamente inexistirá. A terceirização não vai acabar com a CTPS, mas vai
transformá-la em um documento sem muito valor.
Vivemos
um momento crucial no qual as diretorias combativas do movimento sindical devem
estar organizadas e prontas para a luta, organizando movimentos de
manifestações e de greve sem vacilação; uma luta firme contra os patrões e seus
partidos, pois os exploradores estão sempre de plantão.
Além disso, é bom lembrar que, o eleitor que
delegou aos parlamentares a prerrogativa de representá-lo na alocação de
recursos públicos e na formulação de políticas, deve reagir negativamente em
2018, porque os candidatos em 2014 não informaram que iriam precarizar as
relações de trabalho nem que votariam uma reforma da trabalhista, com extinção
de direitos.
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