quinta-feira, 14 de setembro de 2017

A arapuca dos juros altos

Entre Nós
Jaime Porto
Presidente Sinprafarmas

Estamos há anos metidos em uma arapuca, no que se refere à política econômica, que transferiu ao exterior o comando sobre o nosso destino como economia e como nação. Alegando que o Estado estava quebrado e que o capital privado brasileiro era fraco, nossos políticos atribuíram ao capital estrangeiro a tarefa de nos resgatar e promover o nosso desenvolvimento. O Brasil vem sendo depauperado pela alta taxa de juros, que gera custos sociais incompatíveis com as funções de um Estado democrático.

Entra governo, sai governo, as taxas de juros continuam altas, para atrair o capital financeiro especulativo, convivendo com uma política fiscal intolerável, na medida em que o custo da dívida pública extrapola muito o superávit, travando o crescimento econômico e impedindo geração de novos empregos e a recuperação da renda do trabalhador.

Vivemos uma crise social profunda que só a reestruturação do Estado por meio da retomada de investimentos em infra-estrutura, além da restauração e ampliação de serviços públicos básicos, poderiam conter. Os recursos para esses investimentos seriam gerados pela queda nos juros, o que nos proporcionaria uma folga fiscal considerável.

Alternativas de ações que possam retomar o crescimento econômico com pleno emprego devem ser propostas, analisadas e implementadas, sem prejudicar o trabalhador, o mais rápido possível, pois, a crise social, política e moral ameaça o estado democrático tão duramente conquistado pelos brasileiros.

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